“Aqueles que se dobram”. Esse é o significado da palavra
chikungunya em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Trata-se da aparência
curvada dos doentes atendidos na primeira epidemia registrada, na década de 50,
na África.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o
vírus que “encurva as pessoas” já foi identificado em 19 países. Em dezembro de
2013, foram descritos os primeiros casos na América do Sul, inclusive no
Brasil, onde se concentram 88% dos casos confirmados da doença nas Américas. Em
2016, foram notificados cerca de 170 mil casos de chikungunya, com 38 óbitos.
O transmissor do vírus é o mosquito Aedes aegypti , o mesmo
vetor do vírus da dengue e do zika. Nem todas as pessoas que são picadas por um
mosquito infectado necessariamente ficarão doentes. Cerca de 30% dos casos são
assintomáticos, ou seja, não apresentam os sinais e sintomas clássicos da
doença.
No próximo verão, o Brasil está prestes a viver uma epidemia
de chikungunya. O calor e a chuva se configuram como o clima ideal para a
proliferação do mosquito. Mas a questão vai além. O risco existe realmente,
pelo comportamento da doença. O chikungunya é mais novo no país do que o zika e
a dengue. Poucas pessoas foram infectadas até agora deixando uma população de
susceptíveis exposta à doença.
De outra forma, no primeiro semestre de 2016, foram
diagnosticados 1,4 milhão de casos de dengue no Brasil com 3419 mortes.
Os sintomas
Os principais sinais da doença são febre de inicio agudo, não
muito alta, dor e inchaço de diversas articulações. Eles duram de dois a dez
dias, podendo chegar a períodos mais prolongados.
Mesmo com sintomas algumas vezes mais brandos em relação aos
outros vírus transmitidos pelo Aedes aegypti e o risco de morte por chikungunya
ser menor em comparação com a dengue, a possibilidade de a doença se tornar
crônica em uma parcela dos pacientes é motivo de grande preocupação.
A doença pode obrigar o paciente a procurar os serviços de
saúde com muita frequência e por um longo tempo.
Além disso, ela pode causar alterações mais graves, como
cardíacas, renais, hepáticas e neurológicas.
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